domingo, 26 de dezembro de 2010

Era pequenino.

Eu sempre gostei muito do mar...
O meu pai quando ia-mos de férias no Verão para o Algarve, ia sempre comigo nadar, ainda hoje vai, mas naquela altura tudo era diferente.
Naquela altura eu era pequenino, ele tomava conta de mim, protegia-me, levava-me às costas para o mar que nunca mais tinha fim, eu era gordinho e um bocadinho pesadinho, apertava-lhe o pescoço, sem querer, quando sentia que ia cair, tinha medo... Mas ele segurava-me, não me deixava cair, eu ficava sempre são e salvo.
Hoje já sou um bocadinho maiorzito e agora quando vamos nadar já é tudo bem diferente, competimos um com o outro de vez em quando para ver quem é mais rápido, quem nada melhor.
À maneira que agora nado, muito lhe devo a ele e a muitas coisas que me ensinou, à maneira como olho para o mar... Ai tudo lhe devo a ele, ensinou-me a não ter medo dele, a gostar de nadar, a conseguir abrir os olhos sem o sal arder, a ir com as ondas para a rebentação, a ir ao fundo (num sitio já sem pé) e trazer areia, sem ter medo do que la haja em baixo.
Mas continuando, agora quando vamos nadar, tudo mudou mas ainda assim permanecem algumas coisas, muito poucas... Uma frase que ele sempre me disse e que me disse:"se a maré te puxa, não lutes, deixa-te ir, um dia ela trazer-te-à de volta". Para alem desse frase também fica o amor entre pai e filho...

O mar, mar e mais mar.

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